sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nunca somos os mesmos: eis a beleza do mundo


Nunca somos os mesmos: eis a beleza do mundo


“O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando.Afinam e desafinam”.
                                                                                                                                       (Guimarães Rosa)


                O texto Psicologia ou psicologias nos convida a fazer uma reflexão sobre a frase de Guimarães Rosa, a qual sugere que o homem está em constante mudança, eles ”afinam e desafinam”.
                Antes de analisar mais a fundo a frase, é importante salientar que o objeto de estudo da psicologia não é nada fácil de ser definido, pois diferente das outras ciências, a psicologia colabora com o estudo da subjetividade para melhor compreender a vida humana.
                Sua matéria de estudo, portanto é o homem em todas as suas expressões, as visíveis ( como nosso comportamento)e as invisíveis(sentimentos), além das  singulares (porque somos o que somos ) e as genéricas(porque somos todos assim).
                Esta subjetividade é o que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; São as idéias, significados e emoções construídos internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é também fonte de suas manifestações efetivas e comportamentais.
                Agora já podemos retornar à frase de Guimarães, pois o estudo da matéria-prima da psicologia e do conceito da subjetividade nos desperta para a relação do que é interno ao homem com o que lhe é externo (cultura, política).
                Sugere o autor que as pessoas não estão terminadas, ou seja, elas estão sempre sendo modificadas, pois o seu interior sempre sofrerá influência de um mundo exterior a ele, de forma que suas experiências sempre trarão novos elementos para renová-las.
                Essa constante modificação do que somos, é o que para o escritor torna o mundo mais bonito, pois assegura um mundo que “nunca estará igual”. Sempre havendo novas experiências, idéias, pensamentos, sentimentos, amores... Assim, o que torna o objeto de estudo homem tão fascinante é justamente isso, sua constante modificação, que, embora nem sempre seja para melhor, constrói um mundo dinâmico, imprevisível e muitas vezes cheio de emoções, no qual há sempre a possibilidade de voltar atrás e recomeçar.

 Referência bibliográfica:
BAHIA Mercês, FURTADO Odair, TEIXEIRA Maria de Lourdes Trassi, Psicologias:uma introdução ao estudo da psicologia-13.ed.refor. e ampl.-São Paulo: Saraiva, 2002.Cap. 1

               

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