sábado, 11 de junho de 2011

Conhecendo os mecanismos de defesa...


Mecanismos de defesa

Mecanismo de defesa também conhecido como ajustamento designa em psicologia em geral e na teoria psicanalítica em particular as ações psicológicas que têm por finalidade reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do ego, onde o indivíduo não consiga lidar com situações que por algum motivo considere ameaçadoras.
            São processos subconscientes ou mesmo inconscientes que permitem à mente encontrar uma solução para conflitos não resolvidos no nível da consciência. As bases dos mecanismos de defesa são as angústias. Quanto mais angustiados estivermos, mais fortes os mecanismos de defesa ficam ativados.
            Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência, conteúdos indesejáveis, protegendo desta forma, o aparelho psíquico. E o ego mobiliza estes mecanismos, que suprimem ou dissimulam a percepção do perigo interno em função de perigos reais ou imaginários localizados no mundo exterior.
São vários os mecanismos: 
  • Recalque: exclusão de ideias, sentimentos e desejos que o indivíduo não quisera admitir e que no entanto continuam a fazer parte da vida psíquica. É semelhante à repressão. Certos traumas e conflitos não resolvidos são recalcados e, se não forem resolvidos, podem se tornar neuroses, psicoses ou doenças psicossomáticas.

  • Formação reativa: Quando a repressão de fortes impulsos é acompanhada por uma tendência contrária, sob a forma de comportamentos e sentimentos exatamente opostos às tendências reprimidas, tal tendência é o que chamamos de formação reativa.A exemplo de uma mãe que se preocupa exageradamente com o filho pode ser reflexo de uma verdadeira hostilidade a ele. Uma pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo de um medo do oculto. Porém, vale salientar que existem outros fatores que levam a mãe a preocupar-se com o filho e um homem a ser valente, sem ser obrigatoriamente um exemplo de formação de reação; é o processo psíquico por meio do qual um impulso indesejável é mantido inconsciente por conta de uma forte adesão ao seu contrário.

  • Regressão: É o retorno do indivíduo a níveis anteriores do desenvolvimento sempre que depara com uma frustração. É uma sucessão genética e designa o retorno do sujeito a etapas ultrapassadas do seu desenvolvimento. Por exemplo, o choro das pessoas em certas situações pode ser uma regressão à infância, que pode ter tido uma situação em que o choro "resolveu" o "problema", então a pessoa inconscientemente usa aquele mesmo "método" para "resolver" a nova situação.Exemplo pessoas que vivem situações difíceis com bastante ponderação e, ao ver uma barata, sobe na mesa, aos berros. Certamente não é a barata que ela vê na barata.


  • ·         Projeção:é uma confluência de distorções do mundo externo e interno, ou seja, é o processo mental pelo qual as características que estão ligadas ao eu são gradativamente afastadas deste em direção a outros objetos e pessoas. Essas projeções tendem a deslocar-se em direção a objetos e pessoas cujas qualidades e características são mais adequadas para encaixar o material deslocado.Muitas vezes nos defendemos da angústia gerada por fracasso, culpa ou nossos defeitos projetando a responsabilidade por esse fato em alguém ou em algo. Temos como exemplo um jogador de tênis que, ao perder uma partida, justifica sua perda botando a culpa na qualidade da raquete (aqui se assemelha ao deslocamento); outro exemplo seria o fato de tratarmos uma pessoa com hostilidade, justificando a nós mesmos que ela é uma pessoa hostil, mas na verdade o único agente cometendo hostilidade somos nós, a outra pessoa está agindo normalmente; e o último exemplo pode ser o marido feio que exige que sua mulher seja bela, mas na verdade ele pode estar projetando o desejo de ser belo na mulher, já que foi incapaz de cumpri-lo.

  • ·         Racionalização: uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, é construída pelo indivíduo, na qual são justificados os estados “deformados” da consciência; Existe em nós uma luta constante para dar sentido ao nosso próprio mundo de experiências, uma procura de explicações para nossos fenômenos internos, nossos comportamentos e sentimentos. Para satisfazer essa busca, evitando a angústia e mantendo o auto respeito, criamos “explicações” altamente racionais para fatores emocionais e motivacionais, para justificar nosso eu (ego); buscamos “boas razões”, ainda que falsas, para nossas atitudes e fracassos.



Referências bibliográficas:

 BAHIA Mercês, FURTADO Odair, TEIXEIRA Maria de Lourdes Trassi, Psicologias:uma introdução ao estudo da psicologia-13.ed.refor. e ampl.-São Paulo: Saraiva, 2002.cap.5

Disponível em :http://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismo_de_defesa ,acesso em 3 de junho de 2011

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