domingo, 12 de junho de 2011

10 coisas que o Administrador deve saber sobre psicologia!





A Administração de Empresas é uma das ciências que em minha opinião, mais "bebe" conhecimento nos estudos multidisciplinares (de outras ciências). É um campo que concentra conhecimento da psicologia, matemática, estatística, economia, filosofia, sociologia, contabilidade, antropologia, história, geografia, engenharia, marketing, informática, tecnologia e a depender do campo em que o administrador está inserido, até áreas mais complexas ou atípicas para o senso comum, podendo citar o caso da física, química, biologia, medicina, enfermagem, afins. Visando esclarecer 10 pontos chaves sobre conhecimentos psicológicos aplicados a prática de gestão de organizações, o presente artigo apresenta fragmentos que representam um recorte da visão do autor a fim de nortear administradores ao buscar entender como a psicologia pode ajudá-los nos processos de gestão e desenvolvimento organizacional. 

Palavras Chaves: 
Psicologia aplicada à Administração de Empresas, Administração de Empresas, Psicologia Organizacional. 

I - A ciência psicológica abarca diversas vertentes teóricas 

A Psicologia ainda não chegou a um consenso sobre como olhar para o seu objeto de estudo: "O Homem e suas relações". Ela abarca vertentes teóricas, filosóficas, metodológicas, experimentais e afins, que dão ênfase a diferentes paradigmas, entre eles destacam-se: a psiquê humana (Exemplo de autor conhecido: Freud), a existência humana (Exemplo de autor conhecido: Hussel) e o comportamento (Exemplo de autor conhecido: Skinner). 

Ao buscar profissionais de psicologia e / ou conhecimentos desta ciência para aplicá-las a qualquer prática organizacional, seja em sistemas ou subsistemas, é necessário que o administrador conheça a visão de homem & mundo para cada uma delas. Somente sob controle de dados concretos sobre estas vertentes é que ele poderá realizar a tomada de decisão sobre qual vertente psicológica é a mais adequada para esta ou aquela contingência empresarial. 

II - Seres Humanos não são fantoches 

A Psicologia não está imersa no campo organizacional simplesmente para munir administradores de ferramentas para modelagem comportamental, motivação ou demais métodos de controle e manipulação da conduta humana. 

TODA abordagem psicológica, objetiva um equilíbrio entre os interesses da organização x interesses individuais de seus colaboradores, caso não seja possível este equilíbrio, ao menos, tentarão buscar a qualidade de vida para uma ou mais camada (s) de trabalhadores. 

TODA Abordagem teórica tem um compromisso com a ética da categoria. Ao adquirir conhecimentos psicológicos para prática organizacional, administradores aderem automaticamente tais compromissos. 

III - Psicologia e a Gestão de Pessoas 

Eleger estratégias assertivas de recrutamento de pessoal, aplicar, elaborar, validar e executar ferramentas para seleção dos melhores candidatos aos cargos certos para seu repertório comportamental, avaliar desempenho, elaborar, implementar e conduzir ações de treinamento e desenvolvimento humano, bem como de chefias e estilos de liderança, identificar contingências de estresse, promover a qualidade de vida, implementar planos de motivação, remuneração e resultados, avaliar cargos, salários e benefícios, fornecer atendimento individual ou coletivo, gerenciar pessoas, conflitos, conhecimento, confeccionar entrevistas de desligamento, e afins, ilustram algumas das práticas da Gestão de Pessoas cujo psicólogo ou conhecimento de sua ciência pode contribuir à administradores. 

IV - Psicologia e a Gestão de Marketing e Vendas 

Estudar o comportamento do (s) consumidor (es), realizar pesquisas de mercado junto a publicitários e marketeiros, implementar planos de incentivo à compra e venda, analisar tendências, comportamentos e personalidades, gerenciar pessoas na divisão comercial, motivá-las /á vendas, desenvolver equipes, aplicar feedback, agregar valores à marcas e patentes, ministrar palestras, organizar eventos, munir gestores comerciais de estratégias de negociação e sensibilidade ao cliente, promover programas de qualidade, participar de estratégias de fidelização de contas e clientes, e assim sucessivamente, ilustra mais uma infinita gama de atuações para psicologia aplicada à administração, neste caso, ao sistema de administração comercial. 

V - Psicologia e a Gestão de Produção 

Oxigenar relações humanas, controlar Turn over, absenteísmo, baixa produtividade, participar de lay outs que otimizem recursos, planejar comportamentos focando a administração do tempo, interar homem & máquina, elaborar programas de controle de estresse, prevenir lesões por esforços repetitivos, prevenir acidentes do trabalho em linhas de produção de alto, baixo ou médio risco, munir administradores e engenheiros de produção sobre conhecimentos da conduta humana, marcam mais uma área para inserção da psicologia nas organizações. 

VI - Psicologia e a Gestão da Tecnologia & Informação 

Integrar homem x tecnologias, elaborar e gerir programas de gestão do conhecimento, participar de controle de qualidade em help desk, call desk e afins, elaborar junto a equipe multidisciplinar efetivas práticas para pesquisas internas, controle de banco de dados, sistemas direcionados à usuários diversos, auxiliar tecnólogos a pensar nas variáveis humanas de planos e estratégias da informação, dentre outras ações, também marcam a presença da psicologia na Administração deste sistema. 

VII - Psicologia e Ongs 

Mesmo quando o administrador estiver atuando no 3º setor, o psicólogo pode ajudar no desenvolvimento de programas de auto - gestão, integração de grupos, interfaces, gestão de conflitos pessoais, individuais, coletivos e afins, identificar oportunidades e perfis de colaboradores para cada atividade, contribuir com projetos de qualificação, enfim, agregar valor à instituição para desenvolvê-las em termos "organizacionais". 

VIII - Psicologia e a Administração Pública 

Talvez o campo mais complicado para atuação de administradores formados e psicólogos, devido às suas resistências financeiras, falta de ética e profissionalismo de muitos políticos e demais variáveis, assim como todo e qualquer sistema ou subsistema de administração, o psicólogo e sua ciência, quando presente neste campo, deve dar seqüência à reflexões e buscas incansáveis de gaps para sua prática, bem como: Busca de patrocínio, formação de Ongs, projetos sociais, culturais, habitacionais, humanitários, saúde individual ou coletiva, educacionais, afins. 

IX - Toda profissão terá o seu mau profissional 

Assim como não podemos dizer que nunca houve administradores que não deixaram empresas chegarem a falência, não podemos afirmar que toda nutricionista é magra, que todo economista é rico, que todo médico se opera, que dentistas fazem o próprio canal, há psicólogos que deixam a desejar ao empregar o seu conhecimento no âmbito das organizações, bem como, há profissionais que se metem a espertos aplicar conhecimento de algo que não detém bagagem e repertório suficiente para o mesmo. Conhecer uma ciência, sua história, metodologia e filosofia, é o mínimo que podemos fazer ao utilizá-la. 

X - Psicologia deveria cuidar de pessoas e não de custo.... 

Para defender melhor o item X, convido os leitores a lerem um texto recente onde defendo que a divisão de RH deveria cuidar de gente e não de custo: (
http://www.redepsi.com.br/) . 

A grosso modo, a psicologia estuda o homem e suas relações, tem por sua natureza o compromisso selado com a qualidade de vida dos seres humanos. 



Disponivel em: 
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/10-coisas-que-o-administrador-deve-saber-sobre-psicologia/22171/

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